Com o intuito de despertar e cultivar a dimensão missionária, presente na vida de todo cristão batizado, durante essas férias de verão, alguns leigos, seminaristas e um diácono da Arquidiocese, realizaram experiências missionárias dentro e fora do Brasil.
Missão Anunciação
De 17 de dezembro de 2018 a 23 de janeiro de 2019, o Conselho Missionário de Seminaristas (COMISE) do Regional Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), viveu o projeto férias missionárias, na Guiné-Bissau, no continente africano.
Ao todo, foram 17 missionários do Estado, sendo dez seminaristas e sete leigos. Doze eram da Arquidiocese. Os missionários foram acolhidos na Missão Católica “São Pedro” de Tite, que pertence à Diocese de Bafatá. Essa missão se encontra aos cuidados dos missionários da Comunidade Católica Divino Oleiro e do padre da Arquidiocese, Lúcio Espíndola Santos, que está em missão no continente africano há 12 anos.
A experiência missionária durou 35 dias e, durante esse período, os seminaristas e leigos puderam realizar intensas atividades com as crianças, os jovens, os adultos e os idosos. Entre essas atividades estavam a presença diária nas tabancas (aldeias), com catequeses e celebrações, bênçãos das casas, retiros, encontros e formações. Os missionários ainda puderam auxiliar muito na organização do Centro de Saúde de Tite e na biblioteca do Liceu (escola). As atividades também se centraram na formação e no acompanhamento dos jovens monitores dos jardins infantis.
“O Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck ressaltou em sua homilia na missa de envio: ‘que o importante do missionário é ser presença cristã. E isso foi o que podemos viver ao longo destes dias de missão, de modo que enriqueceu muito a nossa vida”, comentou José Vitor Fernandes Azevedo, seminarista da Arquidiocese, que fazia parte do grupo de missionários.
Missão Kairós
Entre os dias 27 de dezembro de 2018 a 17 de janeiro de 2019, 36 missionários do Regional Sul IV, entre eles seminaristas e leigos, participaram da 2ª edição da Missão Kairós, promovida e também organizada pelo COMISE. Dentre esses missionários, estavam presentes os seminaristas da Arquidiocese Alex Macedo de Lins Junior e Paulo Roberto Borba.
Os missionários desta experiência foram enviados para a paróquia da cidade de Chaves, na Ilha do Marajó, Estado do Pará. Uma realidade um tanto quanto peculiar, por se tratar de uma paróquia com 100 comunidades ribeirinhas, ou seja, que ficam às margens dos rios. A permanência dos missionários nesta localidade possibilitou muitas atividades missionárias, entre elas: celebrações, formações, retiros, catequeses, e visitas em comunidades que recebem padre uma vez ao ano.
“O destaque da missão é essa capacidade que temos de nos abrir ao novo, de sairmos de nossas estruturas para atualizar o Evangelho para aquela realidade específica”, destaca o seminarista Alex. .
Missão em Macapá
De 8 a 23 de janeiro de 2019, o diácono Roberto Guilherme da Costa e a missionária Iara Maria Manoel, da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, nos Ingleses, em Florianópolis, estiveram em missão no Estado do Amapá. Eles foram para a Paróquia São João Paulo II, que abrange os municípios de Tartarugalzinho e Pracaúba. Essa paróquia está aos cuidados de Pe. Jacob Archer, da Arquidiocese.
No período que lá estiveram, os dois missionários percorreram longos caminhos para visitar as 19 comunidades com suas realidades desafiadoras e distantes. Visitaram diversas casas, colégios, centros de saúde, delegacias e comércios. Destacam a presença numerosa de crianças e de jovens que conheceram neste período, e o positivo testemunho dos padres que lá estão em missão em nome da Arquidiocese.
“Tivemos a oportunidade de conhecer mais esta realidade de nossa Igreja, em um lugar tão distante. Essa experiência reforçou em mim a certeza de que para onde se vá, a mão de Deus nos conduz. Por isto, o que me cabe dizer é: “Modelai-me Senhor, para que eu possa fazer tudo o que quereis (Cf Jr 18,6)”, conta o diácono Roberto.
Para Iara, a missão a fez perceber que é preciso avivar mais a caminhada de fé e ter a coragem de estar sempre em saída. “Foi uma experiência única e maravilhosa, e em meu coração ficou a saudade, a alegria e a esperança de que as comunidades possam progredir na caminhada e permaneçam firmes na fé”, declara Iara.
Por: Seminarista José Vitor Fernandes Azevedo
Matéria publicada na edição de março de 2019 do Jornal da Arquidiocese, pág. 12