Menu fechado

Nathan Dias: Mistérios Dolorosos – A agonia de Jesus no Horto das Oliveiras

Neste dia convidamos você a ler um texto de Nathan Dias, Seminarista em Azambuja/Seminário Metropolitano da Arquidiocese de Florianópolis. Filho mais velho dos cofundadores da Comunidade Abbá, Pai – Bernardo e Alessandra; desde criança sempre esteve presente nos encontros da Abbá, Pai. Participou do Grupo de Oração Jovem Filhos de Maria (RCC) e durante o seu discernimento vocacional participou como aspirante da comunidade. Hoje, com 24 anos, vivencia uma nova experiência em sua vida no Seminário de Azambuja.

 

Mistérios Dolorosos – A agonia de Jesus no Horto das Oliveiras

Primeiramente, peçamos a Deus a intercessão e a participação da ótica de Maria, para que em cada Ave Maria do santo rosário possamos bem viver o mistério da agonia de Jesus, seu filho e nosso Senhor, no Horto das Oliveiras.

Quando meditamos a cena no Getsêmani, perpassando-o em uma dezena de Ave Marias, estamos nos abrindo para uma leitura humilde do evangelho, buscando com simplicidade absorvê-lo, sem nunca esgotá-lo, recebendo o novo que o Espírito Santo nos dá continuamente.

No Horto das Oliveiras, os evangelistas nos convidam a penetrar no mais íntimo de Jesus, revelando sentimentos profundamente humanos diante de uma livre e difícil decisão. Kierkegaard, filósofo, nos adverte em sua obra O conceito de Angústia (1844) que, ante a uma escolha, uma decisão que independa de sua complexidade, haverá sempre a angustia.

Tal angustia no Cristo se transforma em dor, materializando-se em sangue misturado ao suor, proferindo uma oração de total abandono no Pai, confiante no asilo dos amigos: “A minha alma está triste até a morte. Permanecei aqui e vigiai” (Mc 14, 33-34).

“Aqui Jesus experimentou a solidão extrema, toda a tribulação do ser homem. […] Aqui foi assaltado pela turvação da morte iminente. Aqui, beijou-O o traidor. Aqui todos os discípulos O abandonaram. Aqui Ele lutou também por mim.” – Bento XVI.

Abracemo-nos a este Cordeiro, que, como naquela noite no Egito, dá seu sangue para salvar os filhos e filhas de seu povo. E clamemos juntamente com Jesus: Abba, Abba Pai, Papaizinho Querido.

Com um coração esperançoso, repleto do amor salvífico de Deus, oremos, juntamente com Maria, nossa mãe, o Salmo que Cristo hoje nos atualiza, diante de nossos Getsêmanis particulares:

“Por que te curvas, ó minha alma, gemendo dentro de mim? Espera em Deus, porque ainda hei de louvá-lo: ele é minha salvação e meu Deus.” – Salmo 43,5.

Nathan Dias

Seminarista em Azambuja/Seminário Metropolitano da Arquidiocese de Florianópolis

Itens relacionados