Santa Thaís era uma princesa egípcia de grande beleza e riqueza que vivia no século IV. Um monge de nome Pafúncio inflamou-se com a idéia de convertê-la ao cristianismo com isto tirá-la da vida pecaminosa. Em breve Pafúncio teve seu desejo realizado. Alguns estudiosos acham que este monge São Pafúncio é o mesmo São Paphnutius que era eremita junto com Santo Onophrius. Thaís converteu-se ao cristianismo, desistindo da vida que levava, com grande obstinação. Queimou sua roupas e jóias em praça publica. O ato seria o primeiro de uma série de penitências que a santa se submeteria. Santa Thaís entrou para um monastério de freiras onde manteve-se em penitência e contemplação por três anos, dos quais não saia de sua cela a não ser para ir à capela rezar. Não sorria, pronunciava uma só palavra, não levantava olhar para ninguém, vestia roupas grossas feitas com sacos velhos, dormia no chão e fazia jejum na base de pão e água. Sua obstinação e fé nas palavras de Jesus fizeram com que após três anos de extrema penitência ela fosse readmitida na vida da comunidade e foi descrita como uma pessoa de grande bondade que cuidava, em especial, dos pobres e doentes de sua época, chegando mesmo a lavar os leprosos e os infectados com a peste da época (cólera e febre amarela). Sua fama cresceu visto que ela milagrosamente, não contraía a doença das pessoas que cuidava. Este teria sido o seu primeiro milagre. Diz a tradição que no final de sua vida curava os doentes apenas com sua oração e benção e chegou a prever o dia de sua morte com grande antecedência e ao morrer repetia sem cessar a seguinte oração: "Vós que me criastes, tende compaixão de mim". Fez questão de ser enterrada em um cova comum sem caixão ou qualquer outra proteção, e algum tempo depois de seu túmulo exalava um perfume agradável. Em breve seu túmulo se tornou local de peregrinação e vários milagres foram creditados a sua intercessão e no século nono as sua relíquias foram trasladadas e guardadas em um santuário na Igreja de São Praxedes, pelo Papa Pachoal I, que era seu fervoroso devoto e teria sido curado de uma terrível doença pela intercessão da Santa Thaís.
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Conhecido também como São Dimitrios e São Dimitrius É considerado um grande mártir e um grande santo capaz de vários milagres e maravilhas. Filho de um comandante militar na Tessalonica no inicio do quarto século. São Demétrio era o único filho e por causa disso foi muito querido e muito bem educado. Quando seu pai faleceu, o Imperador Maximiano o indicou Demétrio para ficar em seu lugar. Maximiliano se opunha ao cristianismo e ordenou que Demétrio perseguisse e matasse os cristãos daquela cidade. Em vez disto Demétrio desobedeceu Maximiliano e confessou em público que era cristão e pregava o cristianismo. O Imperador ficou furioso e no seu caminho de volta das batalhas contra os Sarmathianos, foi para Tessalonica para cuidar pessoalmente do assunto. Mandou que Demétrio se apresentasse a ele e o questionou sobre sua fé. Demétrio fez uma eloqüente defesa de sua fé e expressou seu desgosto pela idolatria (o que era uma critica direta ao Imperador). O Imperador mandou coloca-lo na prisão. Demétrio conhecendo seu destino deu parte de seus bens ao seu fiel criado Lúpus e ordenou que ele distribuísse o resto entre os pobres. Um anjo apareceu para Demétrio na prisão e disse :A Paz esteja convosco, sofredor por Cristo, seja bravo e forte. Semanas mais tarde o Imperador ordenou que seu soldados matassem Demétrio. Os soldados encontrara o santo em sua cela a orar e o mataram com suas lanças. Os cristãos secretamente retiraram o corpo e o enterraram e local de suas relíquias começou a exalar um perfume de mirra e logo se tornou um local de peregrinação e varias curas foram reportadas junto a seu túmulo. Logo foi construída uma pequena capela no local, mas quando um nobre Illyriano de nome Leôncio ficou completamente curado ao orar em seu túmulo, ele construiu uma igreja bem maior no local da pequena capela. Certa vez os bárbaros saquearam a cidade e duas jovens foram raptadas. Quando o chefe dos bárbaros ficou sabendo que as jovens eram bordadeiras ele mandou que elas fizessem a figura de São Demétrio. Elas terminaram na véspera do dia da festa do santo e foram chorando pedir por perdão. Repentinamente São Demétrio apareceu e as transportou como se fosse um anjo para a segurança de sua igreja em Tessalonica e as deixou lá entre o povo que estava de vigília. Os bárbaros amedrontados se retiraram da cidade. Ele apareceu em outra ocasiões. Quando o Imperador Justiniano tentou remover as relíquias do santo para Constantinopla, chamas saíram do túmulo e uma voz forte ordenou: Deixe-as em paz. Não a toquem! e assim as relíquias permanecem no mesmo local até hoje. De outra vez, um jovem responsável pelas velas da igreja estava roubando-as para vende-las em outro local. Um dia quando estava para roubar algumas das velas maiores que estavam acessas junto a tumba de São Demétrio, uma forte voz disse : Você está fazendo isto de novo! O rapaz caiu inconsciente e quando acordou relatou toda a sua historia, mesmo sabendo que poderia ser preso. Como defensor de Tessalonica, São Demétrio muitas vezes apareceu e salvou a cidade em tempos de perigo. Foi reportado que na batalha de 586DC, dois séculos após sua morte ele ajudou a defender Tessalonica com uma barreira de fogo, protegendo a cidade dos invasores. Mais de 200 igrejas forma dedicadas a ele em todo o leste europeu. Os russos consideram São Dimítrios protetor da Sibéria. É padroeiro de Belgrado, Servia, Salônia e Grécia. Na arte litúrgica da Igreja ele é representado como um soldado a cavalo portando sua lança. Sua festa é celebrada no dia 8 de outubro na igreja católica e 26 de outubro no leste.
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